A dureza que é disputar uma série B, aos poucos todos nós vamos percebendo que o Internacional com seu orçamento milionário e jogadores tarimbados é apenas mais um time nesta gangorra. É possível que a crônica esportiva passe a tratar o clube gaúcho como mais um mero participante entre os clubes que buscam um lugar ao sol. A camisa é pesada, tem sua importância, mas sem atitude o clube gaúcho não vai alcançar o objetivo que é voltar a elite do futebol brasileiro.
Do mesmo modo que o Goiás em má fase foi a Fortaleza e colocou em xeque o desempenho do Ceará, e o Boa Esporte que era cotadíssimo para cair para série C, não só se recuperou dentro da competição como já é visto como um dos clubes que podem surpreender na reta final, tamanha foi sua evolução. Esses dois exemplos mostram que o equilíbrio da 2ª divisão é explícito, só não vê quem não quer.
Ninguém vai subir apenas porque tem uma camisa de muita tradição ou um orçamento muito superior aos demais competidores, afinal de contas os clubes com lastro na competição são outros, Goiás, Juventude, América MG, Santa Cruz, entre outros estão com o coro grosso de frequentar a série B e lutar pelo G4 de brigas pelo sonhado acesso. O Internacional esta buscando reforços, fazendo com que o dinheiro trabalhe pelo clube, é verdade que o dinheiro não faz gol, mas também é verdade que o poder de investimento pode pagar quem faça estes gols e leve o Colorado Gaúcho a conquistar as vitórias que o levarão de volta a primeira divisão.
Os mais endinheirados, Goiás e Internacional, estão montando seus elencos dentro da competição e tem enfrentado dificuldades contra equipes de menor expressão, mais entrosadas, sem tanta pressão, se bem que nesta série B não tem ninguém sobrando e muito menos podemos dizer que há times inferiores tecnicamente. O fato mais preponderante até a 16ª Rodada é que todas as equipes estão jogando muito melhor longe de seus domínios, é um campeonato de contra-ataque, onde quase todo mundo sabe jogar de maneira defensiva, mas encontra dificuldades quando tem que propor o jogo.
O Internacional não tem poder de fogo condizente com o peso de sua camisa. Pode mudar essa condição dentro da competição? Pode. Jogando no Beira Rio os jogadores se sentem pressionados e os erros acabam aparecendo em grande escala e os adversários tem sabido tirar proveito de todas as deficiências de time cada vez mais pressionado a conquistar as vitórias.
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